ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES NO ENSINO DE EMBRIOLOGIA: UMA PROPOSTA COMBINANDO MODELOS TRIDIMENSIONAIS E O ENSINO HÍBRIDO
Abstract
O conteúdo de embriologia do ensino básico possui uma abordagem com muitas nomenclaturas desconhecidas, formas complexas e ricas em detalhes. O uso de modelos tridimensionais (3D) pode facilitar o ensino do conteúdo, pois permite manuseio e visualização macroscópica das estruturas formadas no desenvolvimento embrionário. Esta pesquisa objetivou desenvolver e avaliar modelos 3D para ensino de embriologia, utilizando como metodologia de aplicação o modelo de “Rotação por Estações” (RpE), do Ensino Híbrido. Para tanto, inicialmente os estudantes responderam a um pré-teste para verificar os conhecimentos prévios. Posteriormente foi utilizada uma turma controle (TC) com aula convencional, e uma turma experimental (TE), na qual houve a aplicação dos modelos no formato RpE. Na TE 3 grupos deveriam passar por 3 estações com atividades a serem desenvolvidas utilizando os modelos 3D. Na aula seguinte as turmas realizaram um pós-teste. Um questionário de opinião e conhecimento também foi aplicado 5 meses após a metodologia. Ao avaliar os pré-testes, foi identificado que a TC possuía maior conhecimento que a TE (p<0,05). Ao comparar somente os pós-testes, não houve diferença significativa. Entretanto, ao comparar pré e pós-teste, separadamente, observamos diferença significativa entre os testes da TE (p<0,05), mas não para os da TC, demonstrando que houve maior rendimento para a TE. No último questionário também se verificou a aprovação com relação à metodologia, bem como maior retenção mnemônica por parte dos estudantes da TE. Pelos resultados é possível inferir que a aula com o uso dos modelos 3D foi útil e melhorou a performance dos estudantes.Downloads
References
Allen, D., & Tanner, D. (2002). Approaches to Cell Biology Teaching: Questions about Questions. Cell Biol Educ, 1(3), 63-67. Disponível em <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC128545/>. Acesso em: 20 de março de 2020.
Andrade, M. C. F., & Souza, P. R. (2016). Modelos de rotação do ensino híbrido: estações de trabalho e sala de aula invertida. E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial, 9(1), 3-16. Disponível em: <http://etech.sc.senai.br/index.php/edicao01/article/view/773> Acesso em: 25 de março de 2020.
Araújo, L. F. S., Dolina, J. V., Petean, E., Musquim, C. A., & Bellato, R.; Lucietto, G. C. (2013). Diário de pesquisa e suas potencialidades na pesquisa qualitativa em saúde. Revista Brasileira Pesquisa Saúde, 15(3), 53-61. Disponível em: < https://periodicos.ufes.br/rbps/article/view/6326>. Acesso em: 25 de março de 2020.
Bacich, L., Tanzi Neto, A. & Trevisani, F. M. (2015). Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. (1ª ed.). Porto Alegre: Penso, 2015.
Bloom, B. S., Engelhart, M. D., Furst, E. J., Hill, W. H. & Krathwohl, D. R. (1956). Taxonomy of educational objectives: The classification of educational goals. Handbook I: Cognitive domain. (1ª ed.). New York: David McKay Company.
Castro, F. G., Kellison, J. G., Boyd, S. J., & Kopak, A. (2010). A Methodology for conducting integrative mixed methods research and data analyses. Journal of Mixed Methods, 4(4), 342–360. Disponível em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3235529/>. Acesso em: 25 de março de 2020.
Cavalcante, D. D., & Silva, A. F. A. (2008). Modelos didáticos e professores:
concepções de ensino-aprendizagem e experimentações. In: XIV Encontro Nacional de Ensino de Química, Curitiba, UFPR. Disponível em: < http://www.quimica.ufpr.br/eduquim/eneq2008/resumos/R0519-1.pdf>. Acesso em: 20 de março de 2020.
Christensen, C. M.; Horn, M. B., & Staker, H. (2013). Ensino híbrido: uma inovação disruptiva? Uma introdução à teoria dos híbridos. Trad. Fundação Lemann e Instituto Península. Disponível em: https://tinyurl.com/uubdwfr>. Acesso em: 04 de março de 2020.
Dalmoro, M., & Vieira, K. M. (2013). Dilemas na construção de escalas tipo likert: o número de itens e a disposição influenciam nos resultados? Revista Gestão Organizacional, 6. (Especial), 161-174. Disponível em: <https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rgo/article/viewFile/1386/1184>. Acesso em: 04 de março de 2020.
Demo, P. (2012). Pesquisa e informação qualitativa: aportes metodológicos. (5. Ed). Campinas, SP: Editora Papirus.
Gerhardt, T. E., & Silveira, D. T. (2009). Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora UFRGS. Disponível em: < http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf>. Acesso em: 04 de março de 2020.
Guyton A. C. (2017). Neurociência básica. (13ª ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Horn, M. B., & Staker, H. (2015). Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. Porto Alegre: Penso.
Lima, A. A., & Núñez, I. B. (2008). O conhecimento pedagógico do conteúdo e os modelos no ensino de química: caminhos na busca da profissionalização docente. Anais do XIV Encontro Nacional de Ensino de Química / XIV ENEQ, UFPR, Curitiba/PR, 2008. Disponível em: < http://www.quimica.ufpr.br/eduquim/eneq2008/resumos/R0884-1.pdf>. Acesso em: 04 de março de 2020.
Longhi, M. L. G., & Schimin, E. S. (2008). Modelagem: Estratégia facilitadora para a aquisição de conceitos em reprodução e desenvolvimento embrionário. Guarapuava- Unicantro. Disponível em:< http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1081-4.pdf>. Acesso em: 21 de março de 2020.
Lyle, K. B., & Crawford, N. A. (2011). Retrieving essential material at the end of lectures improves performance on statistics exams. Teaching of Psychology, 38(2), 94-97.
Mello, J. M. de. (2013). Análise das condições didático pedagógica do ensino de embriologia humana no ensino fundamental e médio. Arquivos do Mudi, 13(1), 34-45. https://doi.org/10.4025/arqmudi.v13i1/2/3.20018.
MORAES, S. G. (2005). Desenvolvimento e avaliação de uma metodologia para o ensino de embriologia humana. (Tese de doutorado). Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, Campinas, SP, Brasil. Disponível em:< http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/CAMP_22bd14a37f76fe7c63a8df902e024d1f>. Acesso em: 21 de março de 2020.
Moran, J. M. (2015). Educação Híbrida: um conceito-chave para a educação hoje. In: Bacich, L., Tanzi Neto, A, & Trevisani, F. M. (Org.). Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso.
Moran, J. M. (2015). Mudando a Educação com metodologias ativas. In: Souza, C. A., & Morales, O. E. T. (orgs.). Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Ponta Grossa: Foca Foto-PROEX/UEPG.
Moran, J. M. (2017). Metodologias ativas e modelos híbridos na educação. In: YAEGASHI, S. et al. (Orgs). Novas Tecnologias Digitais: Reflexões sobre mediação, aprendizagem e desenvolvimento. Curitiba: CRV. Disponível em: <http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2018/03/Metodologias_Ativas.pdf. Acesso em: 22 de março de 2020.
Oliveira, M. S., Kerbauy, M. N., Ferreira, C. N. M., Schiavão, L. J. V., Andrade, R. F. A., & Spadella, M. A. (2012). Uso de Material Didático sobre Embriologia do Sistema Nervoso: Avaliação dos Estudantes. Revista Brasileira de Educação Médica, 36(1), 83-92.
Paz, A. M. Abegg, I., Filho, J. P. A., & Oliveira, V. L. B. (2006). Modelos e modelizações no ensino: um estudo da cadeia alimentar. Revista Ensaio, 8(2), 157-170. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/epec/v8n2/1983-2117-epec-8-02-00157.pdf>. Acesso em: 22 de março de 2020.
Ramos, M. R. V. (2012). O uso de tecnologias em sala de aula. Revista Eletrônica LENPES PIBID, 1(2) 1-15. Disponível em:<https://preview.tinyurl.com/wbd2gjy>. Acesso em: 23 de março de 2020.
Rogado, J. (2004). A grandeza quantidade de matéria e sua unidade, o mol: algumas considerações sobre dificuldades de ensino e aprendizagem. Ciência & Educação, 10(1), 63-73.
Smith, M.A., & Karpicke, J.D. (2014). Retrieval practice with short-answer, multiple-choice, and hybrid tests. Memory, 22(7), 784-802.
Schiehl, E. P, & Gasparini, I. (2016). Contribuições do Google Sala de Aula para o Ensino Híbrido. Revista Novas Tecnologias na Educação, Rio Grande do Sul, 2016. Disponível em:< https://seer.ufrgs.br/renote/article/view/70684>. Acesso em: 23 de março de 2020.
Zanella, L. W., Valentini, N. C. (2016). Memória de Trabalho: influência na aprendizagem e na Desordem Coordenativa Desenvolvimental. Medicina, 49 (2), 160-74. Disponível em: < http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/118410>. Acesso em: 23 de março de 2020.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Open Access Policy
This journal provides immediate open access to its content, based on the principle that offering the public free access to research fosters greater global knowledge exchange.
License
The REXE Journal, “Journal of Studies and Experiences in Education,” published by the Faculty of Education at the Universidad Católica de la Santísima Concepción, is distributed under a License. Creative Commons Atribución 4.0 Internacional.