A residência pedagógica e o pragmatismo na formação docente
Resumen
Este estudo objetiva discutir a proposta do Programa de Residência Pedagógica (PRP), relacionado à Política Nacional de Formação de Professores, apresentada pelo MEC em 18 de outubro de 2017. A proposta de Residência Pedagógica foi apresentada no governo de Michel Temer no ano de 2017, teve seu rumo incerto após uma breve descontinuidade em 2019 e foi retomada com o lançamento de um novo edital no ano de 2020. Destacamos que o atual contexto político e educacional do Brasil demanda discussões aprofundadas que busquem problematizar as concepções presentes nos projetos de formação docente em disputa. Intentamos no desenvolvimento desta pesquisa, analisar a proposta do Programa de Residência Pedagógica, bem como seus possíveis efeitos para a formação de professores no Brasil. O estudo se organiza em 4 seções, buscando uma retomada histórica da constituição da formação docente no país para a investigação acerca das concepções de formação docente presentes no PRP. A presente investigação está fundamentada na perspectiva metodológica da pesquisa qualitativa, a partir da análise documental e da análise de conteúdo. Com este estudo, foi possível perceber que o PRP vem ao encontro de premissas tecnicistas do fazer docente e demonstra em sua essência uma visão pragmática da formação de professores, entretanto, a autonomia universitária permitiu algumas iniciativas contra hegemônicas para a organização do projeto.
PALAVRAS-CHAVE: Formação de professores; residência pedagógica; políticas educacionais.
Doi: 10.21703/rexe.20201941caporal17
Texto completo:
PDF (Português (Brasil))Referencias
Anadon, S. B., y Gonçalves, S. da R. V. (2108). "Uma ponte para o Futuro": (des)continuidades nas políticas de formação de professores. Momento: Diálogos em Educação, Rio Grande, 27 (2), 35-57.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Bogdan, R. C., y Biklen, S. K. (1994). Investigação Qualitativa em Educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto – Portugal. Porto Editora.
Brasil. (2002a). Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 1/2002.
Brasil. (2002b). Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 2/2002.
Brasil. (2009). Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de 2009. Institui a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, disciplina a atuação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, e dá outras providências. Brasília, DF.
Brasil. (2015). Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 02/2015, de 1º de julho de 2015. Brasília, DF.
Brasil. (2017). Ministério da Educação. Política Nacional de Formação de Professores. 21 slides. Recuperado de .
CAPES. (2018). Edital nº 06, de 2018. Chamada Pública para apresentação de propostas no âmbito do Programa de Residência Pedagógica. Brasília, DF. Recuperado de .
Carta de posicionamento das entidades em relação a Residência Pedagógica. Entidades se posicionam contrárias à padronização e controle impostos pelo Programa de Residência Pedagógica! Não à BNCC! Recuperado de . Acesso em 14 de dezembro de 2018.
Freitas, H. C. L. de. (2002). Formação de professores no Brasil: 10 anos de embate entre projetos de formação. Educação & Sociedade: Revista de Ciência da Educação, Campinas, 23(80), 136-167.
Freitas, L. C. de. (2012). Os reformadores empresariais da educação: da desmoralização do magistério à destruição do sistema público de educação. Educação & Sociedade, Campinas, (33)119, 379-404. Recuperado de .
Frigotto, G. (1994). O enfoque da dialética materialista histórica na pesquisa educacional. São Paulo: Cortez.
Moraes, M. C. M de. (2003). (Org.). Iluminismo às Avessas: Produção de conhecimento e políticas de formação docente. Rio de Janeiro: DP&A.
Ramos, M. N. (2002). A Educação profissional pela pedagogia das competências: para além da superfície dos documentos oficiais. Educação & Sociedade: Revista de Ciência da Educação, Campinas, 23(80), 405-427.
Scalcon, S. (2008). O Pragmatismo Epistemológico e A Formação do Professor. PerCursos, Florianópolis, 9(2), 35-49.
Shiroma, E. O., Moraes, M. M. de., y Evangelista, O. (2002). Política educacional. Rio de Janeiro: DP&A Editora.
Shiroma, E., y Evangelista, O. (2018). Subsídios teórico-metodológicos para o trabalho com documentos de política educacional: contribuições do marxismo. In: CÊA, G.; Rummert, S. M., y Gonçalves, L. Trabalho e Educação: interlocuções marxistas. 1ª Ed. (pp. 87-124). Rio Grande: Editora da FURG.
Enlaces refback
- No hay ningún enlace refback.
Revista REXE, ISSN 0718-5162 Versión en línea